Autor de “Trocando em miúdos: seis vezes Chico” (Ed. Record), Tom Cardoso revelou no episódio 92 do podcast Casa do Livro, que Chico Buarque queria mesmo era ser escritor, e só virou compositor (e principalmente cantor) como um meio para se sustentar, após tentar a arquitetura. Tom contou à apresentadora Simone Magno que se surpreendeu ao descobrir um Chico bem falante, que dava entrevistas sobre vários assuntos e era provocador, diferente do que se imagina.
“Descobri um Chico mais humanizado, e eu mostro isso no livro, um Chico capaz de arrumar briga jogando futebol, um Chico que é capaz de ir no curandeiro pra arrumar o joelho, capaz de cuspir na cara do Millôr, uma figura mais humanizada do que o Chico que a gente imagina, acima de qualquer suspeita.” O cantor e compositor completa 80 anos nesta quarta-feira. O episódio 92 do boletim Casa do Livro está no ar desde sexta-feira no Spotify e nos demais tocadores de podcast.
A partir da análise de composições de Chico ao longo dos anos e de entrevistas, tanto de arquivo quanto com pessoas próximas ao artista, Tom dividiu a biografia em seis aspectos: política, literatura, fama, polêmica, censura e futebol. O autor já lançou também pela Editora Record “Outras palavras: Seis vezes Caetano”, que detalha a vida de Caetano Veloso.