Pentimento

Autor(es): Lillian Hellman
Editora: José Olympio
  • Brochura R$59,90

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Sinopse

À medida que o tempo passa a tinta velha em uma tela muitas vezes se torna transparente. Quando isso acontece, é possível ver, em alguns quadros, as linhas originais. Isso se chama pentimento, porque o pintor se arrependeu, mudou de ideia

Pentimento é o mais conhecido dos livros de memórias de Lillian Hellman, aquele que, contradizendo o título, continua cada vez mais visível. Nele, a escritora combinou, com impressionante precisão, o relato autobiográfico e a composição de retratos. A ordem cronológica
cria tensão crescente. Tudo começa em família, com a sucessão de parentes, a descrição lúcida
e meio irônica dos pais. A matéria-prima com que a autora começa a compor o seu “livro de
retratos” é a mesma utilizada em algumas de suas peças de teatro.
Um episódio muito marcante de Pentimento está relacionado à ordem dos acontecimentos históricos: trata-se de Julia, o nome fictício de uma amiga que se transformou numa ativista antifascista em Viena. Anos depois, a mesma amiga conseguiu envolver a escritora numa perigosa missão: entregar dinheiro para a resistência a Hitler na Áustria. Essa história, quase implausível, acabou merecendo um filme – Julia (1977). Atualmente, não há dúvidas de que a personagem-título foi inspirada na vida da psicanalista Muriel Gardiner (1901-1985), com o detalhe de que a escritora jamais a encontrou… O fato leva à conclusão de que o livro de Lillian Hellman não é apenas memorialismo, mas pode ser sobretudo ficção.
Pentimento também trata do grande amor da escritora por Dashiell Hammett (1894-1961), autor consagradíssimo de histórias policiais. São páginas marcadas pela ansiedade, pela pura devoção de uma mulher por seu amante ao longo de 30 anos – o retrato defi nitivo no qual todos os vestígios, reais ou não, estão presentes, como queria Lillian Hellman, orgulhosa de suas histórias e de sua imaginação.

Sobre o autor

Lillian Hellman

Lillian Hellman (1905-1984) é uma das mais importantes dramaturgas americanas do século XX. Nascida em Nova Orleans, viveu a maior parte do tempo em Nova York, onde travou amizade com grandes escritores e intelectuais, como Ernest Hemingway, Arthur Miller, John Dos Passos e o autor de histórias de detetive Dashiell Hammett, com quem viveu por mais de trinta anos. Autora de The Children’s Hour (que ela
mesma adaptou para o cinema como Três corações iguais) e As pequenas raposas (montada no Brasil em 2004, publicada na coleção Sabor Literário pela editora José Olympio), entre outras peças, Lillian Hellman
obteve grande sucesso de público e de crítica.
Atuou também como roteirista e escreveu
para jornais.
Escritora engajada de ascendência
judaica, foi defensora dos direitos civis
e se empenhou no combate ao nazismo
durante a Segunda Guerra Mundial. Em plena
maturidade artística, durante a Guerra Fria,
sofreu as consequências por externar opiniões
consideradas antiamericanas, que a colocaram
em rota de colisão com o macarthismo dos
anos 1950 nos Estados Unidos.

Características

  • ISBN: 978-85-03-01077-1
  • Formato: Brochura
  • Suporte: Texto
  • Altura: 21cm
  • Largura: 14cm
  • Profundidade: 1.7cm
  • Lançamento: 04-03-2010
  • Páginas: 320