99 anos de Dalton Trevisan

Record celebra 99 anos de Dalton Trevisan

14/06/2024 813 visualizações

“Saudar os 99 anos de um autor já seria um feito digno de nota, mas, quando se trata de um autor ainda na ativa e cuja obra segue tão vibrante quanto a de Dalton Trevisan, é preciso festejar. Esta celebração não é só da Record, que publica sua obra há mais de 50 anos e que está relançando três de seus principais livros com novo projeto gráfico, mas da literatura brasileira. Por isso, o aniversário do autor paranaense tem sido tão efusivamente comentado na imprensa e nos meios acadêmicos.

A USP realizou, no último dia 12, um evento reunindo estudiosos de sua obra, entre eles o editor-executivo de ficção nacional da Record, Rodrigo Lacerda. Dalton conquistou os principais prêmios literários em Língua Portuguesa – destaques para o Camões e os 4 Jabutis – e cultivou, ao longo dos anos, uma aversão aos holofotes. O jeito recluso contribuiu para tornar conhecido o apelido de vampiro de Curitiba, referência a uma de suas obras mais célebres.

Em entrevista à Veja São Paulo, o nosso editor de ficção nacional comparou o Dalton ao compositor João Gilberto, um dos pais da bossa-nova, não apenas por causa do estilo minimalista, mas por ser obcecado pela  “Não só ele é minimalista, mas, assim como pela perfeição. “Ele reescreve os textos mil vezes até achar que chegou no ponto ideal”,  comenta o Rodrigo.

Depois de lançar uma ‘Antologia pessoal’, organizada pelo próprio autor, numa esmerada edição em capa dura, a Record lança agora ‘Cemitério de elefantes’ (1964), com textos de quarta capa de Marçal de Aquino e César Aira; ‘Contos eróticos’ (1984), com texto de orelha de Fernanda Torres e tirinha de Laerte; e ‘Macho não ganha flor’ (2006), com textos de Augusto Massi e Caetano W. Galindo. Dois infantis feitos a partir de contos do autor sairão pela Reco-Reco”.

Cassiano Elek Machado, Diretor Editorial do Grupo Editorial Record